Aparte - derrota da prorrogação da CPMF

Inevitável notar em todos os jornais do país, diversos líderes políticos criticando a derrota da prorrogação da CPMF, uma vez que esta significa em baixa significativa na qualidade da saúde. Entretanto estes parlamentares esquecem-se de que o contribuinte já paga pela saúde. Desprezam ainda que, como já foi dito no artigo CPMF tem seu fim decretado, esta foi criada como medida provisória. Ou seja, teria que terminar logo que encerrada a situação de crise.

Segundo Henrique Fontana do PT - RS "Milhões de brasileiros que dependem das políticas sociais foram derrotados. Setores da oposição adotaram o critério da mesquinharia e da pequenez pensando em 2010" em outra frase afirma ainda que "Nos próximos dias virá uma nova proposta. Vamos estudar como manter o nível de investimento e os programas sociais". Os governistas acreditam realmente que estão fazendo um favor em manter o nível da saúde.

A questão é que a saúde é de responsabilidade do Governo, e o mesmo recolhe impostos para cobrir estas despesas. Não tem nenhum direito de reclamar que terá de arranjar verba para manter o “nível” da saúde que, diga-se de passagem, é péssimo. A verdade é que o executivo simplesmente acostumou-se com os R$ 40 bilhões advindos da CPMF, e não quer mais abrir mão deles.

A notícia boa é que o legislativo negou a proposta de prorrogação da CPMF, seja por jogada política ou mesmo por pura birra. A notícia ruim é que como se vê nos jornais do país há forte inclinação de recriar a CPMF. A pergunta seria quem, quem quer recriar a CPMF? E a resposta? Ora se não são muitos dos mesmos respeitáveis parlamentares que negaram a prorrogação da CPMF.

Deixo neste tópico a lista dos que votaram contra e a favor. Guarde esta lista e vigie os próximos meses de mandato do seu candidato.

Confira o voto de todos os senadores presentes no Senado Federal no dia da votação do projeto que visava prorrogar a CPMF:

DEM - votação unânime pelo NÃO:
Adelmir Santana (DEM-DF) - NÃO
Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) - NÃO
Demóstenes Torres (DEM-GO) - NÃO
Efraim Morais (DEM-PB) - NÃO
Eliseu Resende (DEM-MG) - NÃO
Heráclito Fortes (DEM-PI) - NÃO
Jayme Campos (DEM-MT) - NÃO
Jonas Pinheiro (DEM- MT) - NÃO
José Agripino (DEM-RN) - NÃO
Kátia Abreu (DEM- TO) - NÃO
Marco Maciel (DEM-PE) - NÃO
Maria do Carmo Alves (DEM-SE) - NÃO
Raimundo Colombo (DEM-SC) - NÃO
Rosalba Ciarlini (DEM-RN) - NÃO


PC do B
Inácio Arruda (PC do B-CE) - SIM

PDT -- fechou questão pelo SIM
Cristovam Buarque (PDT-DF) - SIM
Jefferson Peres (PDT-AM) - SIM
João Durval (PDT-BA) - SIM
Osmar Dias (PDT-PR) - SIM
Patrícia Saboya (PDT-CE) - SIM


PMDB
Almeida Lima (PMDB-SE) - SIM
Edison Lobão (PMDB-MA) - SIM
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) - não votou (é presidente do Senado)
Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) - NÃO
Gerson Camata (PMDB-ES) - SIM
Gilvam Borges (PMDB-AP) - SIM
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) - NÃO
José Maranhão (PMDB-PB) - SIM
José Sarney (PMDB-AP) - SIM
Leomar Quintanilha (PMDB-TO) - SIM
Mão Santa (PMDB-PI) - NÃO
Neuto de Conto (PMDB-SC) - SIM
Paulo Duque (PMDB-RJ) - SIM
Pedro Simon (PMDB-RS) - SIM
Romero Jucá (PMDB-RR) - SIM
Renan Calheiros (PMDB-AL) - SIM
Roseana Sarney (PMDB-MA) - SIM
Valdir Raupp (PMDB-RO) - SIM
Valter Pereira (PMDB-MS) - SIM
Wellington Salgado de Oliveira (PMDB-MG) - SIM


PP
Francisco Dornelles (PP-RJ) - SIM

PR
César Borges (PR-BA) - NÃO (cumpriu o acordo com o DEM)
Expedito Júnior (PR-RO) - NÃO
João Ribeiro (PR-TO) - SIM
Magno Malta (PR-ES) - SIM


PRB
Euclydes Mello (PRB-AL) - SIM
Marcelo Crivella (PRB-RJ) - SIM


PSB
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) - SIM
Renato Casagrande (PSB-ES) - SIM


PSDB -- votação unânime pelo NÃO
Alvaro Dias (PSDB-PR) - NÃO
Arthur Virgílio (PSDB-AM) - NÃO
Cícero Lucena (PSDB-PB) - NÃO
Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - NÃO
Flexa Ribeiro (PSDB-PA) - NÃO
João Tenório (PSDB-AL) - NÃO
Lúcia Vânia (PSDB-GO) - NÃO
Marconi Perillo (PSDB-GO) - NÃO
Mário Couto (PSDB-PA) - NÃO
Marisa Serrano (PSDB-MS) - NÃO
Papaléo Paes (PSDB-AP) - NÃO
Sérgio Guerra (PSDB-PE) - NÃO
Tasso Jereissati (PSDB-CE) - NÃO


PSOL
José Nery (PSOL-PA) - NÃO

PT -- votação unânime pelo SIM
Aloizio Mercadante (PT-SP) - SIM
Augusto Botelho (PT-RR) - SIM
Delcídio Amaral (PT-MS) - SIM
Eduardo Suplicy (PT-SP) - SIM
Fátima Cleide (PT-RO) - SIM
Flávio Arns (PT-PR) - SIM
Ideli Salvatti (PT-SC) - SIM
João Pedro (PT-AM) - SIM
Paulo Paim (PT-RS) - SIM
Serys Slhessarenko (PT-MT) - SIM
Sibá Machado (PT-AC) - SIM
Tião Viana (PT-AC) - SIM


PTB
Epitácio Cafeteira (PTB-MA) - SIM
Gim Argello (PTB-DF) - SIM
João Vicente Claudino (PTB-PI) - SIM
Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) - não compareceu à votação
Romeu Tuma (PTB-SP) - NÃO (cumpriu o acordo com o DEM)
Sérgio Zambiasi (PTB-RS) - SIM


4 comentários:

Chella disse...

É triste ver que picuinhas determinam os rumos da política, muito mais que o interesse público... O eleitor tem que acompanhar mesmo. É o mínimo que podemos fazer.
Abs

Anônimo disse...

Não podemos nos limitar a falar mau dos governantes. Temos no mínimo que vigiar os atos políticos destes. E na hipótese de não agir em conformidade com os interesses da sociedade, não merecem voto de confiança para exercerem novo mandato.

Unknown disse...

Mas uma vez constata-se a deterioração política de nossos partidos, que já, em alguns momentos, nasceram sob a ideologia popular e trabalhista, como foi o caso do PTB. Agora, na votação a favor do imposto do cheque, o partido da Era Vargas seguiu os interessentes governistas, como o fez no impeachment de Collor. Na época, a maioria dos votos que tentaram manter no poder o presidente corrupto veio do Partido Trabalhista Brasileiro. Como diria Cazuza: "Ideologia, eu quero uma pra viver".

Mallmann disse...

É por isso que cada vez mais é preciso que o cidadão tente tomar as rédeas da situação. Ao invés de só constatar o óbvio e reclamar, começar a debater, pensar, raciocinar, e partir pra batalha.

 


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